Louças portuguesas e chinesas. Esse baú achei fofo, um luxo. Lembra um que minha bisavó tinha e que minha avó guarda até hoje. Eu e minha irmã já pedimos mas minha avó não abre mão da lembrança de sua mãe. Ficaria lindo em qualquer ambiente, enriqueceria muito a decoração.
O que me impressionou mesmo foi a réplica desse navio negreiro do século XIX. Os escravos eram aprisionados em local de pouca ventilação, com cerca de 0,70 cm e 1,0 m² por pessoa. Quando eu vi esse amontoado de bonecos presos pelos pés e mãos com correntes pesados me deu um mal estar, um desespero, uma tristeza. Não consigo imaginar como seres humanos poderiam fazer algo tão inescrupuloso, tão desumano. É de uma maldade sem limites! Começo a imaginar escravas grávidas, idoso, crianças... Meu Deus! Que horror! O pior de tudo é saber que a escravidão continua, o desrespeito é tão grande que não consigo entender o que passa na cabeça dos racistas. Qual é a diferença de um branco e um preto? Isso não existe! Não importa se alguém é branco, preto, amarelo, verde... Somos todos iguais! Não aceito esse preconceito, não consigo entender e me revolta saber que no Brasil isso é muito forte.
Dia 20 de novembro é o dia da consciência negra no Brasil e quase ninguém sabe disso e mesmo pra quem sabe não faz muita diferença já que não é feriado. É apenas um dia como outro qualquer, um dia dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileiro. Um absurdo! Uma completa falta de vergonha! Esse dia deveria ser feito para homenagear e pedir perdão a tantas pessoas que sofreram ao longo dos séculos, para agradecer pelos braços negros que construíram nosso país. Me entristece diferenças sociais, raciais, sexuais e qualquer tipo de coisa nesse sentido. Ninguém é melhor que ninguém. Nada faz o outro ser pior ou melhor. Aos olhos de Deus somos todos iguais e seria muito bom se todos conseguissem pensar assim.
2 comentários:
Visitar museus como esse é viajar dentro da viagem, né? Adorei conhecer!
Bjsss
Lu
Que delícia esses passeios! Salvador é linda... morei 8 meses por lá em 1994 - saudades! É demais! Abs.
Postar um comentário