A mulher que eu gostaria de ser.

4 de maio de 2011
Agora pertinho de fazer 30 primaveras muitas coisas me vem a mente, uma reflexão do que foi minha vida durante esses bons anos e o que será daqui pra frente. Não sou o que eu gostaria de ser ou o que imaginei que seria quando chegasse nessa idade. Descubro que eu queria ser mais mulherzinha, no melhor sentido dessa palavra, ter mais delicadeza ao fazer as coisas e ter o dom de bem fazer as coisas simples e belas do universo feminino. Eu queria saber bordar, costurar, cozinhar, pintar. Eu queria saber um monte de coisas que achei que ao longo da vida eu fosse aprender mas isso não aconteceu. Certo que eu não procurei, é verdade. Mas minha mãe diz que essas coisas a gente nasce sabendo ou aprende olhando, exatamente como aconteceu com ela, que sabe fazer isso e muito mais. Ela tem dom, talento, jeito, sensibilidade nas mãos e eu admiro isso. Nunca me fez falta saber essas coisas mas agora, hoje, isso me faz. Eu queria muito saber fazer algo com minhas mãos, eu queria produzir algo como ela produz, eu queria ter o dom que ela tem.
É fato que todos nós nascemos com um dom ou mais de um, só que ao longo da vida pessoas aprimoram esses dons e outras esquecem os seus. Acho que esse é o meu caso. E agora eu estou a procura, eu quero resgatar o meu dom, eu quero fazer algo que me empolgue, que eu ame, que me deixe feliz e que seja realmente muito bem feito. A mulher que eu gostaria de ser também deveria ser bem sucedida profissionalmente ou pelo menos ter uma profissão. Eu ainda não encontrei a minha. Ainda não descobri do que eu gosto e o que eu quero fazer pelo resto de vida que tenho. Eu não imaginei que aos 30 anos eu ainda fosse me sentir tão jovem, com o coração da adolescente, com a cabeça da menina e com os sonhos verdes. Me parece estranho ter tantos números na idade quando me sinto com tão pouco! Exceto, claro, quando percebo que algumas marquinhas de expressões insistem em ficar no meu rosto. Que absurdo! Antes eu fazia cara de preocupada e aquela ruguinha no meio da testa aparecia e quando dava um sorriso, pronto, sumia. Agora não, a ruguinha fica lá o dia inteiro, mesmo quando eu não estou preocupada, isso incomoda muito! Está estampado na minha testa a minha idade. Não vejo mais o viço da pele de antes, linda, pura, tão natural. Aos poucos o viço está sumindo e se forma um aspecto que eu não gosto e do qual não estou acostumada a ver.
A mulher que eu gostaria de ser não se preocupa com beleza ou velhice, ela é segura o suficiente pra saber que pode envelhecer bem e bonita, não com aquele beleza juvenil de outrora mas com a beleza que lhe cabe ao seu tempo. Uma mulher que não tem medo de perder o seu amor porque já não tem mais os seios tão firmes ou a disposição física de antes, ela tem a inteligência e o bom humor que a faz diferente de qualquer jovem e que deixa o seu corpo tão atraente quanto o seu papo. Singular. Uma mulher que sabe ser mulher com qualquer idade que tenha. Eu quero ser essa mulher, eu quero encontrar essa mulher dentro de mim. Essa é a mulher que eu gostaria de ser...

3 comentários:

Ana Regiane Ivanski disse...

Oie Aryanne
Que texto inspirador...Obrigada!

Tem presente para o dias das mães lá no Casa Com Decoração.
Beijos
Regiane

Ley Freitas disse...

Olá Aryanne! Estou passando para agradecer pela visitinha lá no meu blog. Estou te seguindo para trocarmos figurinha por aqui. Será sempre bem vinda por lá.

Bjos e até...

Anônimo disse...

Nossa, que texto heim! tem certeza de que ainda não descobriu seu dom?? olha bem, pode estar mais claro do que imaginas!!
e afinal, vc tem todo tempo que quiser e dispor para aprender as coisas que julgas ainda nao saber, nunca é tarde! ainda mais com essa carinha de menina linda! :)

beijos flor

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